A reportagem acompanhou o candidato Sergio Cechin (Progressistas) por 40 minutos na rua e no comitê de campanha entre segunda e quarta-feira. Nesta quinta, contudo, o candidato estava em casa, na Avenida Nossa Senhora das Dores. Ele cumpriu o final da agenda da manhã e conseguiu tempo na agenda para almoçar.
VÍDEO: reuniões, participação em live e pressa de Pozzobom
Logo na chegada, quem atendeu ao chamado no portão foi a irmã do progressista, Eliane Cechin. Junto dela, estava Priscila, uma Dachshund - o popular "salsichinha" - de 15 anos, que é mascote da casa.
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Foto: Leonardo Catto (Diário)
O candidato participava de uma live com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS), a qual Pozzobom havia acabado de participar também. Cechin estava em uma mesa no subsolo da casa, em uma sala com quadros de sua mãe e fotos suas de formatura. Ao lado, havia também uma Bíblia aberta, um banner com estampa de Cechin e Francisco Harrisson e a companhia de duas assessoras, que usavam máscara.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
A casa reservava um tom intimista com algumas luzes desligadas. As lâmpadas ligadas tinham cor amarela e iluminavam o candidato enquanto ele falava direcionado ao celular apoiado em um notebook. Mesmo em casa, Cechin trajava camisa e sapato social. No lado esquerdo do peito, estava o adesivo com os rostos dele e de Harrisson. O celular pessoal de Cechin tocou três vezes desde que a reportagem chegou até o final da transmissão. A discussão passou pelas temáticas de mobilidade, patrimônio cultural e construção civil. Cechin defendeu um "equilíbrio entre o histórico e a construção civil", colocada por ele como um dos pilares econômicos. Também foi dito que é uma necessidade ter uma "praça, Calçadão e Acampamento bonitas" para fortalecer o comércio.
Cechin falava com apoio em anotações dispostas na mesa. A cada pergunta, uma das assessoras indicava tópicos e destacava trechos com um marca-texto amarelo. Na mesa, também mantinha uma garrafa de água.
"FAST" FOOD
Um conceito que não é bem definido para candidatos em campanha eleitoral é "hora do almoço". Eram 13h15min quando Cechin subiu para a cozinha e pôde fazer a refeição. A TV, instalada na parede, seguia desligada.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
A irmã insistia em aquecer a comida, mas o candidato não se preocupou. Junto de uma das assessoras, Cechin serviu seu prato com feijão - por baixo do arroz -, bolinhos de peixe, pimentão recheado com carne moída e saladas de chuchu e radite com cebola. Para acompanhar, o candidato tomava um suco de laranja.
Na cozinha, Cechin também tinha a companhia de sua "mãezinha", dona Giselda Cechin. O candidato explicou que não deixa de almoçar e que sempre liga para sua mãe para avisar que está chegando ou que não vai poder ir comer em casa.
Enquanto Cechin dedicava os 15 minutos possíveis entre compromissos para a refeição, sua irmã criticava a campanha do adversário. Uma das assessoras comentou que a viu discutindo em comentários de redes sociais. O candidato, que também é vice-prefeito, pedia a ela para "ir com calma" nas respostas aos adversários.
Ainda sem terminar o almoço, o progressista precisou atender a ligação de um assessor. A conversa era sobre a disputa de eleitores enquanto Cechin classificava o adversário como "desesperado".
No final dos 40 minutos, ele novamente retornava ao subsolo para mais uma entrevista - ao vivo e online - com uma emissora de TV de Porto Alegre. Uma de suas assessoras não iria mais acompanhá-lo por outro compromisso. A despedida de Cechin seguiu na tônica de conquistar votos: "um que tu vire, são dois para nós".
*Colaborou Leonardo Catto